DIOGO BERCITO
Páginas com informações sobre o conflito sírio no Facebook têm sido removidas pelo site, denunciam ativistas da oposição ao regime de Bashar al-Assad.
Entre as informações perdidas, por exemplo, estão relatos sobre o ataque químico do ano passado, em um subúrbio de Damasco.
De acordo com dissidentes, as páginas são apagadas sob a alegação de violar normas de comportamento do site. Assim, dizem ativistas, a história de sua revolução está sendo apagada, mesmo quando os relatos são de movimentos pacíficos e de organizações não governamentais, de acordo com uma reportagem publicada pela revista "The Atlantic".
A internet tem sido usada como ferramenta de divulgação e propaganda no conflito sírio, principalmente pela oposição. Grupos como os Comitês Locais de Coordenação enviam diariamente relatórios de mortes por província, muitas vezes via Facebook.
Apesar das críticas, o Facebook enfrenta uma difícil tarefa na moderação de seu conteúdo, em que suas regras evitam, por exemplo, imagens de violência explícita. Também é política da empresa desautorizar a publicação de conteúdo de grupos terroristas.
Páginas podem ser deletadas em diversas situações, incluindo pela solicitação de usuários, que informam o Facebook sobre conteúdos impróprios.
O grupo pró-regime Exército Eletrônico Sírio afirma ter usado essa estratégia para retirar da internet o conteúdo da oposição. O Facebook afirma, porém, que páginas só são apagadas após as informações serem revistas por um ser humano, e não automaticamente.
A insurgência foi iniciada na Síria em março de 2011, com protestos pacíficos.Após a repressão do regime, as manifestações se espalharam por todo o país, dando início a um conflito violento.
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