Logotipo colorido é resposta à lei russa contra 'propaganda homossexual'.
Trecho postado da Carta Olímpica defende esporte sem discriminação.
Doodle do Google marca início dos Jogos
Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia
(Foto: Reprodução/Google)
O Google substituiu nesta sexta-feira (7) seu logotipo habitual por uma bandeira com as cores do movimento LGBT em resposta a advertência do governo russo contra a "propaganda homossexual". No dia da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, a página inicial da ferramenta de buscas também destaca um trecho da Carta Olímpica em defesa da igualdade.
A lei russa contra a "apologia" à homossexualidade para menores entrou em vigor no ano passado, provocando uma reação internacional que ameaça prejudicar os esforços de Vladimir Putin para usar as Olimpíadas como uma chance de mostrar a Rússia como um Estado moderno, com grandes avanços desde o fim da União Soviética, em 1991.
A bandeira colorida e a citação da Carta são uma provocação do Google contra o vice-primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Kozak, que advertiu os espectadores e atletas contra a promoção dos direitos dos homossexuais, já que a Carta Olímpica e as leis locais proibiriam protestos em eventos esportivos.
Debaixo da bandeira com as cores do arco-íris, a companhia cita um parágrafo da Carta: "A prática esportiva é um direito humano. Todas as pessoas devem ter a possibilidade de praticar esporte sem qualquer tipo de discriminação e conforme o ideal olímpico, que exige compreensão mútua e um espírito de amizade, solidariedade e 'fair play'".
A Campanha dos Direitos Humanos, uma organização de defesa dos direitos LGBT, elogiou o Google por demonstrar solidariedade com os homossexuais russos e com os atletas visitantes. "O Google mais uma vez provou ser um verdadeiro líder corporativo pela igualdade", disse o presidente da entidade, Chad Griffin.
Empresas como a operadora AT&T, patrocinadora da equipe olímpica dos Estados Unidos, criticaram a Rússia nesta semana por causa da lei, ampliando a pressão para que outras empresas se manifestem. O Google se recusou a comentar sua iniciativa.
Quando o internauta clica sobre o "doodle", o buscador redireciona a página a notícias relacionadas com a Carta Olímpica e outras que interpretam a ação do Google como um protesto ante a atmosfera contrária aos gays criada pelo governo russo.
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