A desvalorização do real voltou a prejudicar o desempenho da filial brasileira do grupo espanhol Telefônica. Balanço divulgado nesta quinta-feira, 27, pela controladora da Vivo no Brasil mostra que as receitas em euro da filial brasileira diminuíram 10,3% em 2013 na comparação com 2012. Esse foi o pior desempenho no ano passado entre todas as filiais da Telefônica na América Latina.
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De acordo com o balanço, o Brasil gerou 12,217 bilhões de euros em faturamento no ano passado. A cifra mostra contração das receitas de 1,4 bilhão de euros na comparação com 2012, quando o valor alcançou 13,618 bilhões de euros.
"Durante o exercício de 2013, a variação das taxas de câmbio impactou negativamente as principais métricas da conta de resultados fundamentalmente pela desvalorização do bolívar venezuelano e a depreciação do real brasileiro e do peso argentino ante o euro", destaca o balanço.
A contração de 10,3% das receitas no Brasil foi a maior entre todas as nove filiais da América Latina. Em euros, o faturamento na Colômbia recuou 3,4% e foi o segundo desempenho mais fraco entre as subsidiárias latino-americanas. Entre as demais filiais da região, as receitas em euro subiram 2,3% no Peru, caíram 0,4% na Argentina e recuaram 1% no México.
Mesmo em moeda local, o desempenho das receitas no Brasil não foi um grande destaque positivo. Em reais, o faturamento aumentou 2,2% no ano. Entre as demais filiais, as receitas em moeda local cresceram 38,7% na Venezuela e América Central, 23,2% na Argentina, 8,1% no Peru e 3,7% na Colômbia. O Brasil ficou apenas à frente do México, onde houve ligeira contração de 0,8%.
Em termos operacionais, o grupo espanhol destacou especialmente a ampliação da rede de fibra ótica no Brasil, onde o serviço já chega à porta de 1,4 milhão de residências. Outro país em destaque é a Espanha, onde a fibra ótica alcança 3,5 milhões de endereços.
Segundo o balanço, a Telefônica alcançou 92,7 milhões de clientes no Brasil em 2013, universo 2% maior que o registrado em 2012. "Apesar da aplicação de critérios mais restritivos no cálculo de clientes pré-pagos", destaca o balanço. O número de clientes do serviço celular alcançou 77,2 milhões em dezembro, alta de 1% no ano, mostra o balanço.
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