segunda-feira, 11 de junho de 2012

INFO: Reforma `verde` vai mudar data center da Apple




São Paulo – Em maio, a Apple anunciou que seu principal centro de processamento de dados nos Estados Unidos será totalmente reformulado. Com isso, ele passará a funcionar com 100% de energia limpa até o final de 2012.

A promessa da empresa de Steve Jobs sobre o data center de Maiden, na Carolina do Norte, foi feito exatamente um mês depois da Apple aparecer ao lado da Microsoft e da Amazon em um relatório do Greenpeace. O ranking "How Clean is your cloud?" (O quão limpa é a sua nuvem) indicou que mais da metade da energia que alimenta a nuvem da Apple tem origem em fontes de energia consideradas sujas.

Isso significa que boa parte da energia responsável por fazer o data center funcionar durante 24 horas por dia não é renovável. O carvão, por exemplo, é uma das fontes mais usadas atualmente nas centrais da Apple. O problema é que ele é considerado um dos grandes vilões do aquecimento global porque emite uma grande quantidade de gases efeito estufa.

Segundo Pedro Torres, coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, o objetivo da ONG foi apontar as 15 maiores empresas do setor de TI e expor publicamente o uso de energia suja, como carvão e energia nuclear, dessas companhias como forma de pedir para que elas mudem sua matriz energética para fontes limpas. "O Greenpeace acredita no poder e na condição das empresas de se abastecer com energia renovável porque não se tratam de empresas de pequeno porte", explica Torres.

Para elaborar o ranking que aponta a Apple, a Amazon e a Microsoft com as empresas de TI que mais usam fontes sujas em seus data centers, o Greenpeace analisou os relatórios de sustentabilidade e de demanda energética gerados pelas empresas. "Ao verificar a quantidade de energia que cada data center e cada uma dessas companhias gasta no local, você consegue identificar de onde ela tira a energia”, explica Torres.

Agora, a Apple iniciou um processo para minimizar as preocupações ambientais com a rápida expansão de centrais de servidores. Segundo a empresa, até o final deste ano, 60% de toda a demanda de energia do seu data center em Maiden será suprida pela geração local de eletricidade.

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