terça-feira, 14 de maio de 2013

COMPUTERWORLD: ERP: a robustez da cadeia dessa indústria no Brasil




Integradores atendem ao chamado dos fabricantes e lançam ofertas de cloud computing para PMEs, soluções personalizadas por perfil de negócio e adotam metodologias de implementação rápida para reduzir custos dos projetos



Uma indústria paralela às licenças de software de ERP se fortalece dia-a-dia, oferecendo serviços gerenciados de cloud computing, treinamento, integração e, em sua essência, consultoria de negócios. Os integradores, sejam eles nacionais ou internacionais, dão o tom do negócio ERP ao assimilar o discurso dos fabricantes e colocar em prática as novas soluções e tecnologias desenvolvidas aqui no Brasil e no mercado internacional.

Prova desse comprometimento é a oferta cada vez mais ampla desenhada pelas organizações que compõem este ecossistema. “As empresas de ERP não são mais simplesmente de ERP. Elas têm banco de dados, BI, soluções de indústria, etc. Atuam como grandes empresas de tecnologia”, relata Denise Marconi, diretora de tecnology consulting, responsável pelos serviços de enterprise applications da PwC Consulting.

Segundo ela, a totalidade da indústria – dos fornecedores dos sistemas aos provedores de serviço – vive uma metamorfose que levará a um mercado mais amplo, com todas as funções integradas. 

Otimização dos pacotes

A própria PwC representa essa mudança. Atuante em várias frentes relacionadas ao tema, a exemplo da otimização dos sistemas de gestão, a consultoria mapeia e organiza processos, além de auxiliar as empresas na seleção dos produtos. “Somos muito focados no que chamados de business integrator, não um integrador de sistemas, mas um atuante na integração de negócios”, explica Denise.

Otimização é a palavra de ordem entre os usuários de ERP, segundo ela, principalmente porque a maioria das grandes corporações já passou pela primeira experiência de implantação. Agora, diz Denise, chegou o momento das atualizações e, com elas, a otimização de processos e a alavancagem da solução.

“Muitas empresas têm ERP implantados há 5, 10 anos, e estão diante da necessidade de otimizar o investimento. Esta é uma tendência forte quando se observa a base instalada”, resume. Já as novas licenças, diz a executiva da PwC, recebem maior demanda das pequenas e médias empresas (PMEs).

Além de atuar junto a grandes corporações, oferecendo o ERP JDEdwards desde 1994, a carioca MPL Corporate Software, desenvolveu uma oferta de ERP sob o modelo de cloud computing, justamente para atrair as PMEs. “Juntamos o software Oracle com a infraestrutura da Amazon.com”, conta Roberto Lima, vice presidente da companhia, dizendo que a solução atende tanto ao segmento de PMEs quanto a multinacionais em início de operação no Brasil.

“Ou seja, estamos diante de um processo de ‘profissionalização’ das pequenas empresas”, avalia Ulisses Conceição de Souza, diretor de prática de ERP da Capgemini Brasil. Segundo Lima, o momento é propício já que o grande diferencial das soluções baseadas em nuvem é o preço. “Em um ROI de cinco anos a economia é de quase 40%”, ressalta o executivo da MPL.

Para a Capgemini, o mercado brasileiro de ERP está aquecido mas em “linhas distintas”. O crescimento de alguns setores e o aumento do tamanho de empresas têm impulsionado muito a implementação de softwares de gestão corporativos, assim como a consolidação de tendências que incluem a busca mais ágil por informações, como big data, ou a otimização de processos e consolidação.

Aceleração do crescimento

Consultores e integradores evoluíram e hoje o nível de assertividade dos projetos e implantações de ERP é maior. Existem aceleradores, sejam os desenvolvidos por fabricantes ou mesmo por integradores, que possibilitam a realização do projeto em menor prazo, com menor investimento e trabalho mais próximo do cliente para adoção de melhores práticas. “Quanto mais próximo às tendências de mercado, mais rápida será a implantação, com menos customização e, consequentemente, menor custo”, diz Souza.

Esse é um dos diferenciais que a MPL integrou ao seu portfólio há seis anos e que lhe permite instalar o ERP em 10 semanas, reduzindo tempo e custo do projeto. “No segmento de grandes corporações, a oportunidade está na troca do ERP. As empresas buscam soluções mais aderentes ao perfil de negócios delas e não querem investir em projetos longos, como os que ocorriam no passado”, propõe Lima. 

*Reportagem publicada na versão impressa da Revista Computerworld de Abril/2013



Fonte:

"ERP: a robustez da cadeia dessa indústria no Brasil - COMPUTERWORLD." Portal sobre tecnologia da informação e telecomunicações - COMPUTERWORLD. http://computerworld.uol.com.br/negocios/2013/05/14/erp-a-robustez-da-cadeia-dessa-industria-no-brasil/ (accessed May 14, 2013).

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