quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Folha de S.Paulo: Google impõe restrições a fabricantes de celular com Android, diz jornal


Damien Meyer
Mulher usa Google em tablet com Android em 
Rennes, França

As condições para que fabricantes usem em seus aparelhos o sistema operacional do Google para dispositivos móveis, o Android, não são divulgadas em integridade, e documentos recentemente descobertos mostram que a "total abertura" do software, tão alardeada pelo Google, pode ser mais frágil do que se imagina, segundo reportagem do "Wall Street Journal" .

Os arquivos, que estão sendo analisados pela União Europeia, organização que frequentemente escrutina a atividade do Google naquele continente, dizem que o Google restringe o acesso ao YouTube e a mais de um milhão de aplicativos da Play Store caso a companhia que faz o aparelho não mantenha uma série de serviços da gigante da internet americana como padrão e o Google como mecanismo de busca.

Na Europa, os líderes de cada segmento são obrigados a fomentar a competição dentro daquele setor. Atitudes desse tipo, com o Android liderando as vendas mundiais de smartphone, infringiria essa regra. Nos EUA, diz o "WSJ", não há esse tipo de exigência, e especialistas ouvidos dizem que seria difícil provar que, com isso, o Google teria violado qualquer normal anti-monopólio.

O Android tem código aberto e é uma das grandes bandeiras da empresa que se diz promotora do desenvolvimento tecnológico e da concorrência no segmento.

Consultada pela publicação, uma porta-voz do Google recusou-se a comentar.

Em 2011, o então presidente-executivo do Google e ainda membro do conselho diretor, Eric Schmidt, escreveu ao Senado americano que "um dos grandes benefícios do Android é que ele promove a concorrência em cada nível do mercado móvel, incluindo desenvolvedores de aplicativos."

Uma forma de fabricantes de computadores e de dispositivos móveis faturarem é instalando software previamente nos aparelhos e definindo padrões para internet, como o mecanismo de busca padrão, de outras empresas.

Entre as principais fontes de renda do Google está a comercialização de anúncios nas páginas de resultados das consultas feitas em sua ferramenta de pesquisa.

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