sexta-feira, 19 de abril de 2013

CIO: Big Data exige redes definidas por software



As redes definida por software ou Software Defined Networks (SDN), estão hoje nas universidades como as tecnologias IP para os físicos nas décadas iniciais da Internet, de acordo com o presidente da Internet2, Dave Lambert. Os investigadores que lidam com grandes volumes de dados, em processos de Big Data, como nos estudos de genômica, já têm necessidade dessas tecnologias para o próximo conjunto de pesquisas, segundo o líder da organização.

A Internet2 gere uma rede de âmbito nacional nos EUA para ligar as várias instituições de pesquisa, e já está a usando elementos de SDN, na sua infraestrutura de produção. As tecnologias de SDN prometem além da redução de custos, a implantação mais rápida de serviços e mais inovação nas redes.

A própria Internet começou como uma ferramenta para ajudar pesquisadores (especialmente os físicos) a compartilharem dados e conhecimentos. Mas as enormes quantidades de dados com os quais muitos cientistas trabalham hoje em dia exigem novas formas de comunicar, disse David Lambert, presidente e CEO da Internet2, durante a conferência Open Networking Summit, na última quarta-feira.

A tecnologia utilizada na Internet hoje não é flexível o suficiente para suportar as novas exigências: transferências de grandes arquivos, enormes conjuntos de dados, ou a distribuição e manutenção de conteúdo em “cache”, considera Lambert.

“A comunidade da genômica encontra muito pouca oferta na Internet atual capaz de suportar as suas necessidades “. As SDN vão permitir que os programadores inventem novos métodos de implantação de redes adequadas às necessidades de diferentes aplicações, prevê o CEO.

A Internet2 está já gerindo um projeto piloto em produção com tecnologias SDN. Tem também um “backbone” de alta velocidade para dar aos usuários acadêmicos mais largura de banda para novas aplicações. A organização implantou routers com suporte para o protocolo OpenFlow, incluindo equipamento da Juniper Networks e da Brocade, em uma rede Ethernet de 100 Gigabits. Há 29 grandes universidades comprometidas com o objetivo de levarem ligações de 100 Gigabit aos seus campus, usando os serviços baseados em OpenFlow, da Internet2.

Paralelismos com as mudanças face à SNA

A SDN representa uma mudança tão grande no segmento das redes como a Ethernet e o IP foram quando dominava a SNA (System Network Architecture), da IBM, de acordo com Lambert. “Eu vejo muitos paralelismos com o que estamos lidando hoje em dia, face às SDN “, considerou.

Mas a indústria está adaptando-se muito mais rapidamente desta vez, salienta. Tal como a NSFnet foi a primeira geração de Internet, quando começou a funcionar em 1986, a Internet2 é a primeira geração de um novo tipo de rede capaz de estimular ainda mais a inovação, na visão do responsável.

“Os serviços que vamos oferecer nesta rede vão ser tão diferentes dos da Internet atual como estes são, face à oferta de há 25 anos”. Manter a abertura de espírito, de acordo com o CEO, é importante para manter vivo o tipo de inovação que está a acontecer hoje na SDN

Fabricantes fecharam sistemas

Durante décadas, os fornecedores de equipamento de redes centraram-se no transporte de oferta em vez de perseguirem mudanças fundamentais na componente de software da Internet. “A necessidade de os fornecedores comerciais criarem vantagens econômicas criou um sistema muito fechado”.

Como resultado existe um sistema igual para todas as situações que não é adequado para novos tipos de fluxos de dados, como aqueles necessários para a investigação de Big Data, diz Lambert. Segundo ele, as SDNs podem dar aos programadores a liberdade de fazerem as redes funcionarem de formas completamente novas. É importante não deixar os fabricantes bloquearem as regras básicas da SDN muito cedo demais, alerta.

“O que me entusiasma mais sobre o desenvolvimento do OpenFlow e das SDN é a oportunidade de ter uma componente de rede novamente aberta, na qual as pessoas possam mexer, e usar para e fazer as coisas disruptivas “.

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